Do Sul ao Nordeste

Essas férias foram...animais...literalmente porque até cobra tinha aonde eu fiquei!
Primeiro fui pro Sul, passar o natal com amigos de Floripa, já que nem natal eu tenho...alguns me perguntaram: -Mas bem na época da tragédia? Veja bem...as chuvas detonaram Blumenau e o Vale do Itajaí, aqui em São Paulo é o equivalente a dizer que por causa de um desmoronamento em Piracicaba cairam os prédios da Paulista! Ah! A imprensa sempre precisa de um acontecimento cabuloso! Mais do que a imprensa...o povo, então lhes darei aqui alguns mais simples, porém mais interessantes visto que são verdadeiros!
Fui muito reconhecido em Floripa...todos comentavam: -Olha lá o mané que bateu o carro!
Exato, pela 25 vez bati o carro, mas a culpa não é minha, eu nasci assim sem saber dirigir direito, mesmo assim cheguei até Floripa e sozinho, tudo para encontrar amigos, ou melhor uma gang, eu não sei bem o que são mas tratam-se das pessoas mais loucas que conheci em minha vida! Cerca de 20 ébrios donos de uma alegria que contagia ou incomoda todos que estão a sua volta! E de lá partimos para Bombinhas...
Eram 2 carros a princípio e uma quantidade de cerveja equivalente a 400 latinhas...do dia 26 até o dia 1! Achei muito...mas muito pouco!
O que aconteceu ali foi inenarrável, apenas me atenho a 1 alemão que havia numa casa com 20 bêbados onde apenas 3 falavam inglês! Uma palavra se tornou o refrâo da galera: -Hamburger! Um refrão como outros que todos os bons apreciadores da farra no ano novo devem ter criado e que apenas os presentes entenderão.
Chegando lá fui procurar minha escova de dentes na mala, e nas escuras me cortei com a lâmina da gilete...um corte profundo! Parecia que uma maré de azar estava chegando o sangue e o carro batido me tornavam uma pessoa triste, mas para os que me conhecem sabem que isso apenas duraria algumas horas! Let´s party baby!
Mas primeiro devo reconhecer a genialidade de quem descobriu que sal estanca o sangue...realmente estanca, mas que dói, dói demais...quem inventou esse tipo de remédio? Os que ardem? Eles pensaram: -Ok esse sujeito está com muita dor! Vamos mostrar a ele o que é dor de verdade, assim vai parar de se importar com uma dor pequena! Fomos em busca de ondas e não havia...tudo caminhava para o limbo, mas era só o primeiro dia, que deveria ser anestesiado com algumas cervas!
No segundo dia chegaram outros amigos e numa balada com cerca de 30 camaradas comemoramos cerca de 30 anos novos, o dia seguinte poderia ser de uma ressaca cruel, mas a ondulação entrou e a sorte virou nas praias de Mariscal e 4 Ilhas pude desfrutar verdadeiros momentos de paz, acompanhado por meus amigos e pelo novo amigo Hamburger!
Mulheres? Sim, haviam várias! Inclusive vizinhas, e bombardeamos elas...literalmente com uma caixa de traques as 6 da manhã, eliminando todas as chances do grupo em ser bem sucedidos ali.
Os dias correram e as caixas de cerveja diminuiam...o ano novo? Apenas uma redundância do que foram os outros dias! Festa!
No último dia eu teria que pegar 1 avião para São Paulo, donde me deslocaria no outro dia para Ilhéus, afim de realizar 1 evento de stand up no belo Hotel Transamérica! A fila de carros era imensa e eu jamais conseguiria chegar ao aeroporto, foi quando um dos amigos deu a idéia de pedir ajuda a o dono de uma loja de conveniência que havia me reconhecido e simpatizado comigo. A resposta foi imediata e ele chamou seu filho que me levou numa Honda Bis na chuva cortando toda a fila de carros para uma cidade ao lado! Operação bem sucedida! Alcancei meu vôo...e no final das contas se estivesse de carro teria perdido a viagem...sempra há males que vem para o bem!
Só escrevo esse pequeno diário de férias porque...de alguma forma quero compartilhar algumas coisas que passei na minha pequena aventura com meus 2 leitores...então, aguardem mais um pouco pra ler o que rolou na Bahia!
Até lá! HAMBURGER!